quinta-feira, 29 de setembro de 2011

FINKEL, T2 NOVO, T2 ANTIGO E DICA PARA SANTIAGO

Bom dia, boa tarde ou boa noite. Esse post já começa com uma grande notícia: Nos próximos dias eu estarei entrevistando a lenda viva do Magic, Mister Jon Finkel! Para quem não reconheceu o nome (Eu acredito que isso seja impossível, mas nunca se sabe), Jon Finkel foi o maior jogador de Magic que eu já vi. Além de ter destruído dentro das quatro linhas do Magic, ele é o maior embaixador do jogo em outras comunidades e tem uma biografia chamada Jonny Magic and the Card Shark Kids. Alguns podem dizer que o Kai Budde foi melhor que ele, que teve mais resultados, mas eu vi os dois jogando e para mim o Finkel é gênio. Se você acha que a boa noticia acbou aqui, está enganado. Ele não vai responder só as minhas perguntas. Ele irá responder as suas. Comente o meu post e coloque o que você quer saber da vida dessa lenda e eu irei selecionar algumas para entrarem na pauta.

Além dessa grande entrevista, meu sábado está reservado para um torneio muito importante que pode me colocar no mundial desse ano. O meu ranking não foi suficiente para me colocar no torneio mais importante do Magic e o último Mocs é uma das minhas últimas chances. O Mocs é um torneio que acontece no Magic Online desde 2009. São vários torneios durante o ano e o vencedor de cada etapa ganha vaga para o Mundial de Magic real e para o Mundial de Magic Online. A diferença é que esse último Mocs é muito menor que os outros. Normalmente temos 400 jogadores ou mais disputando uma vaga e, nesse caso, teremos no máximo 100 se eu não me engano. A chance é muito boa e o formato é o velho e conhecido Standard. Não sei se vou jogar de Pyromancer ou se vou aderir aos últimos baralhos que apareceram no top8 do último Mocs. Se você quiser olhar o resultado desse último Mocs, clique nesse link.

Deixando o antigo formato de lado, todo mundo deve estar quebrando a cabeça para descobrir qual a próxima “boa” para os torneios. Com os dois baralhos de combo saindo do formato (Valakut e Twin), o formato volta a ser Aggro vs Controle. Apesar de eu não ser muito fã de aggro, eu estava olhando as cartas de Innistrad e me pareceu que o monored ganhou algumas adições interessantes. Das possíveis cartas que podem fazer parte do baralho depois da rotação, eu acredito que Nobre Stromkirk e Neonato Sanguimaníaco estarão entre as sessenta que disputarão os torneios. Em ambos os casos, elas se tornam ameaças poderosas depois de alguns turnos na mesa. Isso pode fazer uma grande diferença no Match up contra algum baralho de controle porque você não precisa entupir a mesa de criaturas para pressionar o oponente. Trocar um Day of Judgment por apenas uma criatura é algo que sempre deixara você feliz. Contra os baralhos aggro, acho que o cenário acaba ficando melhor ainda. Você está jogando com um arquétipo que tem inúmeras remoções. Tudo o que essas criaturas precisam são de um caminho livre para a felicidade. Após alguns turnos, elas terão tamanho suficiente para trilhar o próprio caminho.

A maior perda para o monored fica por conta das mágicas. Perder Lightning Bolt, Burst Lightning, Searing Blaze e Staggershock ao mesmo tempo é igual perder seu cachorro de treze anos. Você vai ganhar outro, mas não é a mesma coisa. Você precisa de tempo para se acostumar. Esse é o cenário aqui. Imagine um jogo onde seu oponente tem quatro de vida, você tem cinco terrenos na mesa e compra um Shock. Ele podia ser um Burst Lightning, mas é um Shock! Ele não tem kicker, ele não tem o mesmo charme, mas eventualmente você vai se acostumar. A mesma coisa vai acontecer com o Incinerate. De tempo ao tempo e você verá.

Depois dessas informações, você deve estar querendo ver o baralho? Quer saber quais são as minhas sessenta escolhidas? Quer usa-las? Quer dar risada? Não importa a sua razão, aqui vão elas:

Monored by me

4 – Grim Lavamancer

4 – Stromkirk Noble

4 – Bloodcrazed Neonate

4 – Shrine of Burning Rage

4 – Shock

4 – Incinerate

2 – Spikeshot Elder

3 – Hero of Oxid Ridge

4 – Chandra's Phoenix

2- Brimstone Volley

2 – Goblin Wardriver

23 – Mountain

Eu gosto dessa lista, me parece forte contra controles e aggro em geral. O maior problema ainda continua sendo o Timely Reinforcements, mas não existe nada que possa ser feito no momento. Eu gosto das dez criaturas de custo um porque eu quero sempre algo no primeiro turno. Eu fiquei em duvida sobre colocar a carta Reckless Waif/Merciless Predator. Eu acho que transforma-la vai ser mais difícil do que parece. A maioria dos aggros vai jogar alguma coisa no primeiro turno e os controles tem uma grande possibilidade também. O UB joga com Despise e Ponder. O UW tem o Ponder. Ela estava disputando um espaço com o Grim Lavamancer. Sem as Fetch Lands, o Grim fica muito lerdo e não poderá ser ativado antes do terceiro turno. Mesmo assim, considerando que eu esteja certo quanto a transformar o Reckless Waif, é melhor ter uma criatura 1/1 que faz alguma coisa do que uma 1/1 que pode passar o jogo inteiro sem fazer nada.

Saindo um pouco do mundo Magic, eu comecei a ler o livro “A Fúria dos Reis”. Eu não conhecia a história e passei a ama-la depois que assisti o seriado Game of Thrones na HBO. Nunca imaginei que algum seriado iria me fazer sentir tão feliz quanto Sex and the City me fez. Felizmente a HBO provou que eu estava errado. A Carrie finalmente perdeu seu lugar no meu coração (Se você sabe do que eu estou falando e não tem uma namorada, cuidado). Brincadeiras a parte, impressionante como essa emissora tem uma facilidade em fazer seriados de alto nível. Game of Thrones é tão bom ou melhor que Band of Brothers. Para quem ainda não teve o prazer de acompanhar os dois seriados, não perca essa oportunidade. Ambos têm uma qualidade muito boa, produção impecável e enredo interessante.

Para finalizar esse post eu queria deixar uma dica de estadia para quem pretende jogar o Grand Prix Santiago. Esse hostel é dica do meu amigo Jonathan Melamed e parece ser um ótimo lugar para ficar, além de ser perto do evento. O nome é Casa Altura e para acessar o site basta clicar nesse link Para mais informações, acessem meu twitter: @jabsmtg. Espero que vocês tenham gostado desse post e até a próxima.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Fim de semana em Innistrad

Esse último fim de semana marcou a chegada definitiva do mundo de Innistrad ao Magic. Eu resolvi prestigiar esses eventos de boas vindas porque queria entender um pouco como vai funcionar o selado de Innistrad. Foram dois dias de jogo em dois lugares diferentes. No sábado, eu joguei na loja Uponline. Foram 27 jogadores, um clima muito bom, pessoal animado, educado e, como é tradição nessa loja, tivemos um churrasco oferecido pelo dono. No Domingo, eu resolvi ir na Devir. Foram 127 jogadores disputando sete rodadas. Sem a pressão dos grandes torneios, encontrei o mesmo clima de cordialidade e amizade do dia anterior. O público do Pre Release é composto por jogadores casuais que estão ali apenas para ter acesso às novas cartas e lutar por alguns boosters. Diferentes do jogador que visa chegar a um torneio grande, os jogadores de Pre Release raramente se incomodam com o resultado. Várias vezes, eu presenciei pessoas deixando o jogo de lado por algum tempo apenas para conversar sobre uma nova carta. O tempo estava passando, o jogo estava indefinido, mas os dois jogadores estavam lá, conversando sobre as novidades da coleção. Foi estranho perceber que eu não estava mais acostumado a esse tipo de evento. Não quero deixar a impressão de que não existe diversão nos Pro Tours e afins. Isso somente não acontece durante os jogos.

Falando um pouco do selado de Innistrad, o formato se mostrou muito rápido e agressivo. A primeira impressão que eu tive foi que o formato se parece muito com o bloco de Zendikar. Existem muitas criaturas de custo baixo que possibilitam deixar o baralho com uma boa curva de mana. A curva do meu primeiro baralho era composta por duas criaturas custo um, cinco criaturas custo dois, quatro criaturas custo três, três custo quatro e três custo cinco. O baralho que eu joguei na Devir tinha uma curva ainda melhor com apenas uma criatura custo um, seis criaturas custo dois, cinco criaturas custo três, duas criaturas custo quatro e três custo cinco. Nos dois casos, eu teria acesso a criaturas de custo seis, porém eu não achei que elas teriam muito impacto na mesa de jogo e ainda atrapalhariam o desempenho e sinergia dos baralhos. Eu só usaria uma criatura custo seis se ela fosse muito acima da média ou se eu realmente precisasse coloca-la para completar o baralho. O selado de Scars of Mirrodin foi embora e levou com ele toda sua lerdeza.

Outro ponto interessante é a questão da “troca” de criaturas. O Juliano (Team Brazil) levantou essa questão importante durante uma conversa no Skype. Na opinião dele, a habilidade de Morbid faz você ter que relevar os bloqueios na maioria das vezes. Eu concordo com ele porque existem muitas cartas que se beneficiam disso. Exceto o branco, todas as outras cores acabam se beneficiando de um jeito ou outro. Ativar o morbid de algumas criaturas pode ser algo indigesto. Javali da Pele Supurante e Banshee de Morkrut são exemplos de como um bloqueio inocente pode mudar toda a história do jogo. Em relação ao azul, muitas criaturas precisam remover outras do cemitério para entrar em jogo. O Bloodthrist de M12 nos obrigava a bloquear. Agora somos forçados a repensar no assunto. A Wizards poderia se decidr.

A quantidade de bombas me assusta, mas isso se tornou algo recorrente nas últimas edições de Magic. Existem cartas que tornam o jogo impossível de perder para quem as comanda. Não importa o que o jogador faça, se ele acerta ou erra, a carta acaba consertando tudo. Eu sei que a Wizards precisa entupir as coleções de cartas poderosas para vender, mas... mas...

Voltando ao assunto do Pre Release e suas peculiaridades, foi muito engraçado testemunhar algumas coisas que aconteceram. Como eu disse os jogadores desse tipo de torneio não estão habituados ao Magic Competitivo e nem tampouco as regras do jogo. Esses jogadores sabem comprar, descer terrenos e outras regras básicas, mas por jogar muito entre amigos e só por diversão, eles acabam desconhecendo ou criando regras próprias do seu local de jogo. Quando eu comecei a jogar, eu acreditava que quando alguém me atacava com o Cavaleiro Negro, o meu Cavaleiro Branco poderia bloquear porque uma proteção anulava a outra. Imagina o tamanho da minha decepção quando eu joguei o meu primeiro campeonato e descobri isso? Isso não aconteceu ontem (falta de criatividade dos jogadores), mas eu vi pessoas decidindo quem começava o jogo olhando a carta do fundo do baralho. A carta com maior custo ganhava o direito de começar. Eu vi algumas lendas de mesmo nome se olhando nas mesas e teve a história do “em resposta a sua fase de desvirar”. O jogador tinha dois de vida e seu oponente tinha uma criatura virada equipada com o Blazing Torch. O que parecia um jogo definido ganhou um toque de criatividade. O jogador passou e disse: “Em resposta a sua fase de desvirar, viro sua criatura.” Ele jogou uma Sensação do Medo e o oponente aceitou, provavelmente ficando chateado com a situação. Ainda bem que o Juiz estava perto e conseguiu consertar toda a situação. É engraçado ver essas situações porque eu acredito que todos já passaram por isso.

Como Innistrad ainda não começou a ser comercializado no Magic Online, acho que vou gastar um pouco do meu tempo no Starcraft 2. Estava na liga Diamante, sete vitórias seguidas depois de perder muito e mesmo assim fui rebaixado para a liga platina. Se alguém tiver uma dica de como jogar Zerg x Zerg eu agradeço. Eu jogo de aleatório e consegui me sair bem na maioria dos confrontos, mas no mirror de Zerg a coisa fica estranha. Acho que tenho que expandir mais rápido. Agora sou eu que preciso da sua ajuda. Se alguém tiver a boa do mirror, por favor, me ajude.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NACIONAL 2011

Nacional 2011

Bem-vindo de volta ao meu blog. Eu já estava com a ideia de retomar as atividades fazia algum tempo e acho que consegui esperar o melhor momento para colocar isso em prática. Eu sempre estive animado com o jogo, mas as recentes mudanças me levaram a acreditar que o jogo está em crescimento e a demanda por informação também cresce na mesma proporção. Minha proposta será dividir e discutir tudo o que acontece no mundo do nosso querido Magic e minhas experiências em outros jogos. Como todo bom “gamer”, minha paixão não fica restrita apenas ao Magic: The Gathering. Eu consigo passar horas jogando Starcraft 2 e algumas pessoas já começaram uma influencia maligna para que eu entre no mundo do DOTA 2. Eu gostaria de adiantar que esse blog será temporário e eu já estou em contato com pessoas especializadas que irão me ajudar a colocar algo mais agradável no ar.

Depois dessa rápida apresentação dos meus planos para o Blog, eu queria dizer que nessa última semana, eu tive o nacional mais engraçado da minha vida. O desempenho foi normal, mas o pessoal que estava presente no torneio tornou esse fim de semana algo inesquecível na minha vida. O humor estava afiado, muita sinergia, o pessoal estava jogando bem, conseguindo ganhar, o que deixou o ambiente mais leve e tranquilo. Além de toda essa festa, eu acho que consegui jogar bem e apesar de não ter feito Top8, eu consegui sair satisfeito do torneio.

Após o GP Pittsburgh, eu sabia que precisava fazer alguns ajustes no meu jogo. Eu joguei com o RUG Twin e não gostei do desempenho. A mana base é meio fraca, várias vezes eu tive problema em conseguir duas manas vermelhas. A Copperline Gorger e o Raging Ravine atrapalham muito porque entram em jogo virado e podem ser alvo do Tectonic Edge. Em virtude desses problemas, cortei o baralho da minha lista. Outro que também saiu logo após o Grand Prix foi o Cawblade. Apesar de ganhar o torneio, eu não conseguia gostar dessa pilha de sessenta cartas. O baralho parece lerdo, sem recursos contra a maioria do ambiente e muito dependente do Sun Titan e da Consecrated Sphinx. Valakut e Twin se tornaram verdadeiros pesadelos.

Esses cortes me levaram a considerar apenas dois baralhos: RUG Pod e UR Twin. Eu acho o UR Twin muito bom porque ele força o seu oponente a jogar defensivamente. Você tem o controle do jogo, seu oponente sempre tem que jogar com terrenos desvirados e tudo que você precisa é de apenas um turno. A possibilidade de fazer seu oponente tomar algumas decisões erradas por falta de informação me agrada muito. Ele sempre terá que decidir se vai jogar em volta do combo ou não. O RUG Pod foi amor à primeira vista. Se existe um tipo de baralho que eu amo é o RUG Pod. Com o Birthing Pod na mesa, você pode achar resposta para quase tudo que esteja acontecendo.

Eu comecei jogando de RUG Pod, mas os resultados contra monored não estavam me agradando. Você precisa de tempo para conseguir fazer o baralho jogar. As partidas que eu conseguia ganhar eram porque o oponente comprava muitos terrenos ou eu conseguia fazer múltiplas cópias do Obstinate Baloth. Isso estava me incomodando um pouco tendo em vista que monored seria um dos baralhos mais populares do nacional. Em contrapartida, o Splinter Twin parecia não ter problemas contra o ambiente do Magic Online. Seu desempenho contra Valakut e Monored era muito animador. A única parte chata era jogar os mirrors e lidar com a infinidade de Spellskite que ficavam na mesa. Apesar do relativo sucesso com os dois baralhos, eu não estava satisfeito e queria achar algo diferente, algo que pudesse me dar uma verdadeira vantagem sobre o ambiente.

Olhando os torneios no Magic Online, eu achei o pyromancer ascension. A lista parecia boa e tinha um atrativo a mais: o combo twin estava no sideboard. Como os dois baralhos tem a mesma base, a mudança de um para o outro no meio do jogo torna-se possível. Eu deixei o RUG Pod e o Twin de lado um pouco e comecei a jogar com o Pyro. O desempenho do baralho foi muito bom e em pouco tempo eu tinha certeza que essa seria minha escolha. Eu não fiz nenhuma grande mudança no baralho, pois acredito que ele não comporta nada de diferente. Você precisa de quatro copias de cada para conseguir ativar o Pyromancer Ascension o mais rápido possível. A única dúvida era entre See Beyond e Visions of Beyond. Eu escolhi o Visions porque ela é instantânea e custa uma mana a menos. Essas duas características são muito importantes contra o monored e o UR twin. O jogo contra o monored é intenso, você sempre está destruindo uma criatura e tentando encontrar ou ativar o Pyromancer ao mesmo tempo. Uma mágica de duas manas acaba atrapalhando todo esse processo. Contra o Twin, a cautela é algo essencial e suas manas precisam estar livres na maioria do jogo.

Durante todos os torneios que eu joguei, só tive problemas com Monored e um pouco contra Valakut. Ambos os baralhos pediam a troca de Pyromancer para Twin. O problema é que eu insistia em não utilizar essa tática e acabava tendo problemas. Isso me deu a impressão que os jogos eram difíceis, mas após esse pequeno ajuste, esse ultimo problema já estava no passado.

Pyromancer 2011

- 4 Gitaxian Probe

- 4 Preordain

- 4 Ponder

- 4 Burst Lightning

- 4 Lightning Bolt

- 4 Pyromancer Ascension

- 4 Mana Leak

- 4 Visions of Beyond

- 3 Call to Mind

- 4 Into the Roil

- 2 Halimar Depths

- 4 Scalding Tarn

- 6 Mountain

- 9 Island

Sideboard –

3 – Flashfreeze

2 – Negate

2 – Dispel

4 – Deceiver Exarch

3 – Splinter Twin

1 – Pyroclasm

Na sexta, véspera do nacional, acabei encontrando muitas pessoas que normalmente só converso pela internet. São grandes amigos de outros estados, pessoas da melhor qualidade, que infelizmente só conseguem se reunir uma ou duas vezes por ano. A capacidade intelectual dessas pessoas é igual à capacidade de fazer coisas ridiculamente engraçadas. Não importa se estamos no exterior ou se estamos em território nacional, três dias são mais do que suficientes para encher um livro de pérolas. Grande parte dessas situações tem como combustível as cervejas servidas no barzinho do baixinho que fica na esquina da Devir. Além das piadas, você irá encontrar um pessoal jogando cube draft ou Commander durante o fim de semana inteiro. São nesses momentos que nascem os maiores “causos” do nacional. Pessoas caindo da cadeira, farinha voando, jogadas engraçadas e histórias sobre um hotel invadido por policiais que duvidavam da sua masculinidade. O dia tinha que acabar bem e saímos para comer em uma belíssima churrascaria com um som ambiente muito agradável (uma festa árabe acontecia no salão ao lado).

Round 1 – Monored

Eu ganhei no dado e resolvi começar. Minha mão tinha um Gitaxian Probe e eu pensei se deveria pagar a vida ou usar a mana. Quais seriam as chances do meu oponente estar jogando de montanhas? Além disso, eu tinha um preordain e queria usa-lo no primeiro turno. Para minha infelicidade, lá estavam às montanhas me esperando. A mão do meu oponente não estava muito boa (se você não tem goblin guide na sua mão, ela não esta boa) o que me deu certo alivio. Como eu disse antes, nesse jogo é vital que eu ache o pyromancer muito rápido para poder ativa-lo. Felizmente tudo aconteceu como devia e eu não tive grandes problemas para ganhar a partida. Para o segundo jogo, eu tirei 4 Pyromancer Ascension, 3 Call to Mind e 2 Into the roil e coloquei 4 deceiver Exarch, 3 Splinter Twin e 2 flashfreeze. Meu oponente começou sem o Goblin Guide de novo, o que me deu muito tempo para montar meu jogo. No turno decisivo, eu consegui fazer um Gitaxian Probe e descobri que ele estava segurando 2 Shrine of Burning Rage e 2 Lightning bolt. Eu já tinha o combo na mão, mais 1 mana leak e 1 Lightning bolt. Ele tinha seis terrenos e tudo que eu precisava era que ele jogasse uma de suas shrines para que eu pudesse combar. Ele comprou e fez um Ember Hauler (Melhor ainda) e eu já sabia que o jogo era meu. Bolt no Ember Hauler, deceiver, Mana Leak no segundo Lightning bolt e Splinter Twin para o game.

1-0

Round 2 – UB control

Meu oponente era o Pedro Motta e, digamos, ele não leva o Magic muito a sério. Ele me concedeu e eu só posso agradecer pela gentileza.

2-0

Round 3 – Valakut

Durante os treinos eu percebi que o match é bem equilibrado. Infelizmente a versão do meu oponente usava Nature’s Claim no main deck e isso quebrou minhas pernas durante o primeiro jogo. Eu cheguei a ativar um Pyromancer, mas o Nature’s Claim fez toda a diferença. Outro problema foi que eu não encontrei nenhum Mana Leak, o que facilitou a vida do meu oponente. Contra o valakut, eu tirei os 4 pyromancer ascension, 4 into the roil, 4 Lightning Bolt, 2 call to mind e coloquei 4 Deceiver Exarch, 3 Splinter Twin, 2 negate, 2 dispel e 3 Flashfreeze. Eu comecei com um probe e acabei achando meu pior pesadelo: Combust. A partir daquele momento, eu só ganharia o jogo se ele errasse. Infelizmente ele jogou com muita cautela, conseguiu encontrar os terrenos que precisava e foi só uma questão de tempo para conseguir finalizar o jogo.

2-1

O draft foi engraçado. Durante os treinos, eu constatei que o BR Bloodthrist era o melhor arquétipo, mas isso não era novidade. Todo mundo quer montar esse tipo de baralho no draft. Quem não quer jogar um 5/5 no quarto turno? Além disso, o BR tem acesso à maioria das remoções, quase todas as cartas comuns são usáveis e a agressividade se é crucial no draft de m12. Apesar de ter jogado muitos drafts, eu não consegui achar outras combinações que me agradassem e estava decidido a entrar na briga pelas cartas vermelhas e pretas. Quase perto do nacional, o Sergio Longo me explicou a estratégia Mestre Steven Seagal. Era uma estratégia simples, porém muito eficaz. Tudo o que você tinha que fazer era pegar criaturas hexproof e combina-las com o Trollhide e se possível Spirit Mantle. As combinações de cores podiam ser GW, UG e UW splash G. Eu usei essa tática em alguns drafts no Magic Online e o sucesso foi imediato. Finalmente eu tinha achado uma alternativa vencedora e assim como o Anderson Silva, eu precisei de um mestre para aprender a tática secreta. Obrigado Mestre Steven Seagal!

Eu não consigo lembrar exatamente do meu baralho, então peço desculpas. Ele era UW splash G para Trollhide. Eu lembro que tinha 2 Aven Fleetwing, Spirit Mantle, Pentavus, Pacifism, 2 Auramancers, 3 Aether Adept (Melhor comum do formato) e 1 Mind Control. A questão é que essa estratégia requer alguns picks discutíveis (Toda vez que você força uma estratégia, isso gera discussão). Em certas ocasiões, você terá que passar uma carta aparentemente mais forte para poder adicionar um pouco de sinergia ao baralho.

Felizmente eu não tive problemas de flood ou screw durante os três primeiros jogos do draft e consegui fechar a mesa. Isso me deixou muito feliz, pois fazia um tempo que eu não tinha sucesso no limited. Apesar da maioria dos meus resultados terem acontecido nessa modalidade do Magic, eu tinha fracassado nos últimos torneios. O segundo draft não saiu do jeito que eu esperava. Apesar de conseguir “draftar” um BW sólido, eu não estava muito confiante no resultado final. Minha única remoção era um Oblivion Ringe e eu não tinha muitos métodos para abrir caminho para minhas criaturas pequenas. Acabei ganhando o primeiro jogo em virtude de o meu oponente ter um baralho fraco e ter cometido alguns pequenos erros que custaram a partida. Os outros dois jogos foram contra baralhos melhores e apesar de ter tido um pouco de sorte durante as partidas, eu não consegui ganhar. Após essas duas derrotas, eu estava 6-3, teria que fazer 3-0 na última parte do nacional e rezar para que meus tiebreakers disparassem.

Round 10 – Splinter Twin

Meu oponente era o Guilherme Fonseca de Brasília. Dificilmente você irá reconhecê-lo pelo nome, mas a alcunha Crocodilo é muito mais famosa. Ele me concedeu porque seus tiebreakers eram piores. Thanks Croco

Round 11 - UB

Esse jogo foi para o feature match e eu estava diante do Leonardo “Boloiro” Labruna(http://www.wizards.com/Magic/Magazine/Article.aspx?x=mtg/daily/eventcoverage/branat11/day2#7). O match up entre Pyromancer e UB é longo, mas normalmente tem seu destino selado nos primeiros turnos. Caso ele consiga tirar meu Pyromancer Ascension no começo do jogo, eu sou obrigado a correr atrás da segunda cópia. O problema do Pyromancer é que quanto mais carta você usa para procurar, menos gás você tem depois que ele cai na mesa. Como o jogo já está na coverage da sideboard, eu imagino que não preciso discutir muito sobre isso. Ao invés disso, eu vou falar da minha opção de deixar o pyromancer junto com o combo de Twin na segunda partida. Como eu tinha visto um Surgical Extraction no main deck, eu imaginei que ele jogaria com outra cópia no sideboard. Eu sou contra juntar os dois, mas achei que dessa vez seria uma boa ideia. Eu não queria ver meu jogo acabar no primeiro turno com uma Inquisition no meu Pyromancer seguido de um Surgical Extraction. No final do jogo, eu acabei me arrependendo do que fiz. Durante todo o treino, nas poucas vezes que eu combinei os dois, acabei tendo resultados negativos. Infelizmente acabei tomando uma decisão infeliz e paguei caro por isso. Revendo o meu nacional, esse foi meu único erro. Acabei perdendo de 2-1 e as esperanças de top8 ficaram para o próximo ano.

7-4

Round 12 – UB

Impressionante como esse jogo correu de forma totalmente diferente do anterior. No primeiro jogo, eu sai de Gitaxian Probe e descobri que meu oponente tinha um Doom Blade e um Go for the Throat na mão. Com essa grande vantagem, eu consegui colocar o Pyromancer no jogo e ativa-lo rapidamente. Ele só tinha um Mana Leak de relevante e após algumas compras, ele concedeu. O segundo jogo foi parecido. Ele não tinha nenhum Into the Roil ou Ratchet Bomb, o que impossibilitou alguma reação ao pyromancer ascension. Eu tinha aprendido com meu erro e não coloquei o Twin para dentro. A única mudança que eu fiz foi tirar 3 burst lightining e 1 Lightning Bolt e colocar 2 Dispel e 2 Negate. Eu não acho que seja um match up difícil e imagino que minha decisão de colocar o Twin no jogo anterior tenha atrapalhado um pouco o resultado final.

8-4

Eu acabei ficando em péssimo (décimo) oitavo lugar. Apesar de não ter alcançado o resultado que eu queria, fiquei feliz com todo o processo do nacional. A junção de um fim de semana divertido, os treinos e alguns amigos no top8 me deixaram muito feliz. A viagem para o Mundial promete muito. Vários jogadores conseguiram a vaga pelo ranking e eu imagino que teremos um campeonato cheio de brasileiros. Com o final do Nacional, eu também vou poder tirar uma folga ao Magic Online e me concentrar um pouco na minha missão de subir de liga no Starcraft 2. Obrigado a todos vocês. Queria agradecer a Let’s Collect que cedeu gentilmente o meu baralho. Esse é o primeiro artigo dessa nova temporada do meu blog. A minha animação com o jogo está muito alta. O Grand Prix Santiago é no próximo mês, assim como o primeiro PTQ para Honolulu. Imagino que esse seja o Pro Tour mais disputado da temporada. Quem não gostaria de ganhar uma viagem para o Havai? Além dessa vaga, eu vou jogar alguns Friday Night para alavancar meu Planeswalker Points. Vocês também podem me seguir no Twitter. É só adicionar o @jabsmtg e ficar por dentro de tudo que acontece nos Grand Prixs e Pro Tours que eu jogo nos Estados Unidos. Um abraço para todos e até o próximo post.